Nada como um fim de semana dedicado à cultura pra renovar o espírito, incluídos aí artes cênicas e música. Com relação a esta última, já estava mais do que na hora de eu me atualizar um pouco e tentar recuperar o tempo perdido, ultimamente pareço ser apenas uma pálida imagem do homem que já fui (mas shhhh, não contem pra ninguém, manter a pose é fundamental vocês sabem).
Enfim, tudo isso pra dizer que fui ao Humaitá Pra Peixe no último Sábado, na noite dedicada ao selo Midsummer Madness, que há mais de 20 anos vem prestando bons serviços ao Lado B do rock no Rio, para assistir duas bandas que recentemente tinham me chamado a atenção: Luisa Mandou Um Beijo (RJ) e Supercordas (SP).
E é mesmo como sempre diz o camarada BR: se estiver na dúvida entre ir ou não a um show, mesmo que seja de bandas desconhecidas, vá!
Eu fui, e não sei por que tinha a sensação de que iria gostar. Já havia ouvido uma canção, uma versão singela do Homem Azul (há!), na voz da vocalista Flávia e tinha adorado. Mas uma coisa é voz, banquinho e um violão e outra coisa é palco com formação completa, assim que, marchei rumo à sala Baden Powell para conferir in loco a “nova” cena independente.
Não fui muito fantasiado não, fui bem básico pra ver se destoava um pouco do jeito indie de ser, que eu já não tenho paciência nem idade pra isso, e cheguei na hora, bem a tempo de me sentar confortavelmente e ouvir o mestre de cerimônias louvar a edição 2009, o Rodrigo Lariú, blah blah blah e apresentar o Luisa. Vamos às obviedades:
E rapaz, que beijo bom!!
Pra começar a banda tem uma pegada rock muito boa ao vivo e dão mesmo a impressão de que estão se divertindo a valer, coisa que sempre se agradece. Além do que, a vocalista Flávia tem o que eu chamo de carisma às avessas, ou seja, parece que não vai funcionar (com a sua timidez e voz algo limitada), mas funciona à perfeição. Sem contar que as letras, intimistas e viajantes, na voz dela são uma graça.
Além do que, descobri que definitivamente gosto de bandas com trompete, apesar de ressaltar que o seu uso excessivo faz com que as músicas tendam a uma homogeneização que não é lá muito saudável.
Mas sim, dito isso, o show me agradou muito, desde o trompete inegavelmente a la Belle and Sebastian, passando pelo excelente baixo do baixistaço PC, que me lembrou os Housemartins dos melhores momentos, até as guitarras criativas e deliciosamente melódicas. Foi um show para dançar do princípio ao fim, o que, infelizmente não pôde ser feito já que a infra da Baden Powell não ajudava em nada. Ver show de rock sentado chega a ser cruel, mas quer saber, como indie que é indie não balança nem o pezinho, acho que além de mim (que renego o meu passado até a morte) ninguém mais se importou.
Homem Azul foi executada em surpreendente versão psicodélica e depois do set de canções pegadiças eu saí de lá correndo no intervalo, entre palpitações, sudorese crônica e crises de ansiedade habituais (isso tem que ser doença) para comprar mais um CD.
Na volta me aguardava outro showzaço, o dos Supercordas, com a sua intrigante “psicodelia rural”, que, mais uma vez, me lembrou The Coral.
A Banda de São Paulo é ultra competente e deu uma verdadeira lição do que deve ser um show de rock, climático, com execução poderosa, todos os pingos nos is e gostinho de quero mais.
Como não tinha mais dinheiro nem pra comprar picolé e enfartar ali iria ser ridículo (como é sabido deve-se manter a pose), tomei um Isordil de 10mg e voltei pra casa cantarolando feliz...tem que saber que o muro é alto, deve saber que a casa é grande...
OUÇAM:
Enfim, tudo isso pra dizer que fui ao Humaitá Pra Peixe no último Sábado, na noite dedicada ao selo Midsummer Madness, que há mais de 20 anos vem prestando bons serviços ao Lado B do rock no Rio, para assistir duas bandas que recentemente tinham me chamado a atenção: Luisa Mandou Um Beijo (RJ) e Supercordas (SP).
E é mesmo como sempre diz o camarada BR: se estiver na dúvida entre ir ou não a um show, mesmo que seja de bandas desconhecidas, vá!
Eu fui, e não sei por que tinha a sensação de que iria gostar. Já havia ouvido uma canção, uma versão singela do Homem Azul (há!), na voz da vocalista Flávia e tinha adorado. Mas uma coisa é voz, banquinho e um violão e outra coisa é palco com formação completa, assim que, marchei rumo à sala Baden Powell para conferir in loco a “nova” cena independente.
Não fui muito fantasiado não, fui bem básico pra ver se destoava um pouco do jeito indie de ser, que eu já não tenho paciência nem idade pra isso, e cheguei na hora, bem a tempo de me sentar confortavelmente e ouvir o mestre de cerimônias louvar a edição 2009, o Rodrigo Lariú, blah blah blah e apresentar o Luisa. Vamos às obviedades:
E rapaz, que beijo bom!!
Pra começar a banda tem uma pegada rock muito boa ao vivo e dão mesmo a impressão de que estão se divertindo a valer, coisa que sempre se agradece. Além do que, a vocalista Flávia tem o que eu chamo de carisma às avessas, ou seja, parece que não vai funcionar (com a sua timidez e voz algo limitada), mas funciona à perfeição. Sem contar que as letras, intimistas e viajantes, na voz dela são uma graça.
Além do que, descobri que definitivamente gosto de bandas com trompete, apesar de ressaltar que o seu uso excessivo faz com que as músicas tendam a uma homogeneização que não é lá muito saudável.
Mas sim, dito isso, o show me agradou muito, desde o trompete inegavelmente a la Belle and Sebastian, passando pelo excelente baixo do baixistaço PC, que me lembrou os Housemartins dos melhores momentos, até as guitarras criativas e deliciosamente melódicas. Foi um show para dançar do princípio ao fim, o que, infelizmente não pôde ser feito já que a infra da Baden Powell não ajudava em nada. Ver show de rock sentado chega a ser cruel, mas quer saber, como indie que é indie não balança nem o pezinho, acho que além de mim (que renego o meu passado até a morte) ninguém mais se importou.
Homem Azul foi executada em surpreendente versão psicodélica e depois do set de canções pegadiças eu saí de lá correndo no intervalo, entre palpitações, sudorese crônica e crises de ansiedade habituais (isso tem que ser doença) para comprar mais um CD.
Na volta me aguardava outro showzaço, o dos Supercordas, com a sua intrigante “psicodelia rural”, que, mais uma vez, me lembrou The Coral.
A Banda de São Paulo é ultra competente e deu uma verdadeira lição do que deve ser um show de rock, climático, com execução poderosa, todos os pingos nos is e gostinho de quero mais.
Como não tinha mais dinheiro nem pra comprar picolé e enfartar ali iria ser ridículo (como é sabido deve-se manter a pose), tomei um Isordil de 10mg e voltei pra casa cantarolando feliz...tem que saber que o muro é alto, deve saber que a casa é grande...
OUÇAM:
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