Um dos grandes mitos criados ao meu respeito pela turma da velha guarda (o presidente de honra aniversaria amanhã) é a de que seria um grande libertino, um sujeito que avança sobre a multidão com a fome de um trator desgovernado, sem privar-se de saciar os seus desejos mais recônditos, incluindo formas de atuar pouco ortodoxas quando necessário.
A verdade, entretanto, é que a natureza me fez muito delicado e inúmeras vezes passei os dias olhando o tempo passar pela janela, assoando o nariz em lenços de seda e escutando Sandie Shaw cantando “message understood”, enquanto soluçava entre colheradas de iogurte com gominhos de laranja.
Por exemplo, mulher muito experiente me dá um medo danado, sempre tive a sensação de que poderia estar saindo com a versão feminina do Lou Reed, e ele, como se sabe, tem uma ficha corrida imbatível e, entre outras coisas, foi casado com Rachel, um travesti leal mas que não dava mole pra ninguém e muito menos pra ele (se é que depois disso eu preciso explicar mais alguma coisa). Esse sim deve ser um sujeito duro de impressionar (eu disse impressionar).
Já imaginou? Na hora H podia pintar a seguinte situação:
- Amor, para que essas correntes?
- Cala a boca, você não está autorizado a falar!
- Mas, mas, meu bem...
- Quieto, ou eu vou ter que punir você.
- É que essas algemas estão machucando o meu pulso, não dá pra afrouxar esse troço não?
- OK seu servo desobediente, você vai ter o que merece.
- Perae, para que essa máscara? - Não, não, a cera quente não, cuidado com os meus pelinhos, humpf, Humpf!!! *chicotadas e gritos abafados são ouvidos ao fundo*
Couro meus amigos, só o da minha velha jaqueta e bafon por bafon basta caminhar fazendo pose de local - como se estivéssemos no Lower East Side - pela Prado Júnior (o que não é verdade) ou pela Rainha Elizabeth (na qual, apesar de não ter vocação para Ronaldo, sou conhecido...mas isso é uma outra estória).
Senão, é assim que o camarada acaba no divã da analista em posição fetal chamando pela mãe. E essa semana intensa me faz escrever coisas assim. Agora deixo-vos que tenho que ir trocar uns curativos, ai, ui!
A verdade, entretanto, é que a natureza me fez muito delicado e inúmeras vezes passei os dias olhando o tempo passar pela janela, assoando o nariz em lenços de seda e escutando Sandie Shaw cantando “message understood”, enquanto soluçava entre colheradas de iogurte com gominhos de laranja.
Por exemplo, mulher muito experiente me dá um medo danado, sempre tive a sensação de que poderia estar saindo com a versão feminina do Lou Reed, e ele, como se sabe, tem uma ficha corrida imbatível e, entre outras coisas, foi casado com Rachel, um travesti leal mas que não dava mole pra ninguém e muito menos pra ele (se é que depois disso eu preciso explicar mais alguma coisa). Esse sim deve ser um sujeito duro de impressionar (eu disse impressionar).
Já imaginou? Na hora H podia pintar a seguinte situação:
- Amor, para que essas correntes?
- Cala a boca, você não está autorizado a falar!
- Mas, mas, meu bem...
- Quieto, ou eu vou ter que punir você.
- É que essas algemas estão machucando o meu pulso, não dá pra afrouxar esse troço não?
- OK seu servo desobediente, você vai ter o que merece.
- Perae, para que essa máscara? - Não, não, a cera quente não, cuidado com os meus pelinhos, humpf, Humpf!!! *chicotadas e gritos abafados são ouvidos ao fundo*
Couro meus amigos, só o da minha velha jaqueta e bafon por bafon basta caminhar fazendo pose de local - como se estivéssemos no Lower East Side - pela Prado Júnior (o que não é verdade) ou pela Rainha Elizabeth (na qual, apesar de não ter vocação para Ronaldo, sou conhecido...mas isso é uma outra estória).
Senão, é assim que o camarada acaba no divã da analista em posição fetal chamando pela mãe. E essa semana intensa me faz escrever coisas assim. Agora deixo-vos que tenho que ir trocar uns curativos, ai, ui!
.
.
8 comentários:
Excelente (de novo). Olha, esse negócio de algemas deve ser meio arriscado mesmo. Mas não existe aquele lance da "palavra de emergência" ?? Se bem que com a boca vendada, não dá para falar nada.
Vou me informar melhor sobre essas histórias.
E onde estava você hoje há uma hora atrás? Tive que almoçar um sanduba de pernil sozinho. E olha que liguei para você.
Ah, sim, você estava postando.
Abraços
Nicholas old boy, curioso, não recebi o seu recado. A verdade é que a semana foi mesmo corrida.
Mas alegre-se, algo me diz que em breve nos encontraremos.
É meu amigo, que tem...você sabe.
Abraços.
ótimo post!
Desejos mais recônditos, gominhos de laranja, Prado Júnior, posição fetal... Azul, caríssimo, que pasa en tu cabeza...
Post ma-ra-vi-lho-so. Só vc pra conseguir me tirar do confortável posto de observação. Agora, atura!!
Beijos, beijos,
Mmme. Olivieri
(à espera ansiosa do bobó)
Ora, ora, ora, isso sim é que dar sentido a um post. Cara Mmme. Olivieri a sua presença é que é uma verdadeira alegria.
O que passa na minha cabeça? O de sempre, embora ainda não tenha chegado a uma conclusão consistente.
O bobó se aproxima, preparai-vos!
Um grande beijo
Aguardo curiosa pra saber como foi o encontro com tambak pai...
Beijo,
Mme
(agora, sim, com os emes no lugar)
Rapaz, ela comentou primeiro aqui do que no meu.
Vai ter gente chegando com mancha roxa no evento do bobó, e depois não adianta dizer que esbarrou na maçaneta da porta !! Ora vejam !!!
Pois é rapaz, estou todo embevecido.
Não se preocupe, não vai ter mancha roxa, até porque, todos sabem que toalha molhada não deixa marca.
Mme.
Foi tudo divertídissimo, muita cana, risos, boa conversa, até beijo eu ganhei, não poderia ter sido melhor.
Beijos e abraços.
Postar um comentário