O carnaval foi sensacional, e com isso digo que passar sufoco nos blocos ou em qualquer aglomeração mais intensa nesta época de calor infernal não faz parte do meu repertório.
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Existe momento para tudo e, se ano passado curti a valer, hoje o espírito (e o clima) é outro e eu não tive a menor vontade de sair pulando que nem um desesperado aqui e acolá correndo o risco de desmaiar no meio da multidão ou de ter a minha virilidade violada no meio do assanhamento próprio destes tempos festivos.
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Esta é uma época estranha mesmo, é só escutar um baticum por perto que o espírito estremece e, se você der mole amigo, dá aquela vontade de sair em disparada, que nem criança atrás de picolé, para se enfiar no meio da muvuca e ficar ali pulando sem parar. Esse ano, no entanto, meu carnaval se resumiu a ir à
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Mas o que é isso, o que estou dizendo? Se até de me fantasiar eu não escapei!
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Explico-me: Era para ser uma serenata a la mariachi, comigo cantando metido em um sombrero de abas largas, pistola na cintura e garrafa de tequila na mão. No final, eu cheguei tarde nas Casas Turuna e só tinha sobrado mesmo era chapéu de caipira.
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OK, sem problemas, que eu não sou menestrel soberbo. Não me fiz de rogado, comprei meu set de chapéus caipiras e formosos bigodes postiços para que eu e meus comparsas pudéssemos estar bonitos e graciosos na hora da serenata. Afinal, não é todo dia que se pede alguém em casamento.
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Muito bem, letra decorada, gogó quase afinado (eu parei de fumar), não é que na hora H eu fiquei meio tenso. Sei lá, expor a intimidade assim em publico requer sua dose de coragem e fazer isso no próprio prédio dificulta o gesto ainda mais.
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No final, escudado na presença de meus leais companheiros (o pai do Calvin e a mulher bigoduda mais charmosa de Copa), entoei a minha ode à mulher amada bem debaixo da sua janela e foi um sucesso retumbante, não só fomos aplaudidos pelos vizinhos
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Só faltou um spot de luz iluminando a cena enquanto eu ajoelhava e erguia o anel sob a luz do luar.
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No dia seguinte temi ao colocar o nariz para fora de casa, depois de um porre de champagne daqueles, e, ao descer, meu porteiro me pareceu mesmo um pouco tímido ao me saudar.
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Ainda não sei ao certo se serei lembrado
5 comentários:
amei participar de tudo, querido! foi sensacional, ainda mais estreando os bigodes com flor no cabelo! all you need is love! (caranval para que?)
qual foi a música, afinal?
muito bom mesmo, e melhor ainda tendo companhia tão ilustre ao lado. :)
beijos.
bel,
ah, isso é segredo, mas pode pergutnar para ms.k ou eu te conto depois.
salut
she loves you yeah, yeah, yeah!
it's getting better all the tiiime, better, better, beeeter ;)
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