Eu acho que estava andando pela Av. Paral.lel em uma tarde dessas, normais, voltando do trabalho, quando vi o que me pareceu ser um homem de sunga ao longe. Soube de imediato que estava diante dele, a lenda viva da qual já havia ouvido falar e apertei o passo para apreciá-lo.
A sunga em questão era na verdade apenas tinta e ele caminhava à vontade, como veio ao mundo, sem rusgas de preocupação. Havia travado contato com um dos personagens urbanos mais folclóricos de Barcelona, Estéban, o naturista tatuado conhecido por andar mostrando seus predicados e suas tattoos old school, sem lenço nem documento e inteiramente nu pelas ruas da cidade!
Depois de ter rido bastante com o insólito contato visual, acabei cruzando com ele um par de vezes mais e inclusive depois descobri dois outros personagens que, como Estéban, partilhavam o amor por tatuagens e por andar com o bicho solto. Era sempre uma visão curiosa que, confesso, dava-me certa inveja. Deve ser mesmo ótimo poder mandar ”todo al carajo!” e dizer não às convenções sociais.
Essa prática pouco usual só é possível porque andar nu não configura nenhum delito na moderna Barcelona.
Mas recentemente, meus queridos, e irascíveis, catalães, que gostam de tudo muito bem ordenado na linda cidade Condal, ameaçam regular o passeio de Estéban & cia. Na verdade, o motivo para tanto fuzuê seria que neste verão contatou-se que o hábito da pouca roupa aumentou em Barcelona, e, aparentemente, ver tanta mulher de top e minissaia molestou os empresários de turismo que argumentam que isso traz má imagem para a cidade e agora consideram regular até o direito de ir e vir do cidadão comum nas ruas, incluindo os famosos peladões.
O prefeito já avisou que a rediscussão da Lei do Civismo (que entre outras coisas proíbe grafitar, fazer xixi e trotoir na rua) é tema para o próximo ano legislativo e pode incluir tal questão. O lobby, no entanto, já começou e me pergunto quando é que certas coisas deixarão de ser encaradas com tanta severidade por lá e como Barcelona me receberá quando eu por lá voltar.
A sunga em questão era na verdade apenas tinta e ele caminhava à vontade, como veio ao mundo, sem rusgas de preocupação. Havia travado contato com um dos personagens urbanos mais folclóricos de Barcelona, Estéban, o naturista tatuado conhecido por andar mostrando seus predicados e suas tattoos old school, sem lenço nem documento e inteiramente nu pelas ruas da cidade!
Depois de ter rido bastante com o insólito contato visual, acabei cruzando com ele um par de vezes mais e inclusive depois descobri dois outros personagens que, como Estéban, partilhavam o amor por tatuagens e por andar com o bicho solto. Era sempre uma visão curiosa que, confesso, dava-me certa inveja. Deve ser mesmo ótimo poder mandar ”todo al carajo!” e dizer não às convenções sociais.
Essa prática pouco usual só é possível porque andar nu não configura nenhum delito na moderna Barcelona.
Mas recentemente, meus queridos, e irascíveis, catalães, que gostam de tudo muito bem ordenado na linda cidade Condal, ameaçam regular o passeio de Estéban & cia. Na verdade, o motivo para tanto fuzuê seria que neste verão contatou-se que o hábito da pouca roupa aumentou em Barcelona, e, aparentemente, ver tanta mulher de top e minissaia molestou os empresários de turismo que argumentam que isso traz má imagem para a cidade e agora consideram regular até o direito de ir e vir do cidadão comum nas ruas, incluindo os famosos peladões.
O prefeito já avisou que a rediscussão da Lei do Civismo (que entre outras coisas proíbe grafitar, fazer xixi e trotoir na rua) é tema para o próximo ano legislativo e pode incluir tal questão. O lobby, no entanto, já começou e me pergunto quando é que certas coisas deixarão de ser encaradas com tanta severidade por lá e como Barcelona me receberá quando eu por lá voltar.
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