quinta-feira, 25 de março de 2010

pin-up da semana


Gloria Grahame

sexta-feira, 19 de março de 2010

eu assino embaixo

ontem fomos ao famoso exame de transluscência nucal, aquele para ver se os cromossomos do bebê estão alinhados e identificar possíveis problemas com a criança.

tudo foi perfeito, apesar da ansiedade da mãe, a bebê de azul estava lá toda pimpona, fazendo pose para nós, que babávamos diante do milagre da vida.

pode ser lugar comum ou o que seja, o fato é que maravilhoso ver a sua filha, tão diminuta, já se mexendo, já com carinha de gente e já tão coquette na barriga da mãe.

só conseguia sorrir aquele sorriso gostoso de quem é simplesmente feliz e está realizado, porque é exatamente assim como eu e ela nos sentimos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O Rio de Janeiro continua lindo e paga por isso

Há 50 anos o Rio de Janeiro perdia a condição de capital federal para Brasília, sem nenhum tipo de compensação pelas perdas econômicas naturalmente advindas dessa decisão (por sinal caótica).

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Há 35 anos houve a fusão com o Estado da Guanabara, sem que a população fosse consultada e, uma vez mais, com a geração de toda sorte de impactos político-econômicos.

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Há 22 anos a Constituição Federal tratou a tributação do petróleo de forma diferenciada, impedindo o crescimento do Rio de Janeiro.

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Hoje, um envolvido com o escândalo dos anões do orçamento, um político abjeto e sem nenhum compromisso com nada a não ser com o próprio bolso, tem a pachorra de querer meter a mão em 7 bilhões de reais e dividi-lo com outros da sua laia, partilhando os royalties pela produção de petróleo fluminense com todos os Estados da União, sob o argumento de que não existe estado produtor.

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Estes senhores certamente nunca puseram os pés em Macaé, Rio das Ostras e cia, para ver como as populações locais sofrem com o impacto direto (econômicos, sociais e ambientais), causado pela exploração.

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O Rio de Janeiro é cantado em prosa e verso e é realmente uma benção e um privilégio ser carioca, pena que, aparentemente, isso gere inveja e rancor em nível nacional e uma horda de recalcados neste nosso país que, sim, é muito bairrista e provinciano. Conforme o bem assinalado hoje por um anônimo na internet:

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"... Sejamos bairristas, sim, por que não?! Mineiro é, paulista é, todo mundo é, só a gente é que tem que ser NACIONAL!!! E se formos fundo, historicamente, veremos porque somos tão altruístas. Nunca fomos cidadezinha, nunca fomos torrãozinho, sempre - por quase 200 anos - fomos a Capital Federal, até nos roubarem o título!!! Chega de sermos roubados!!! ..."

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Manifestações como as de hoje (Local: 17/03/2010, Cinelândia, Centro, às 16:00 horas), deveriam acontecer com muito mais frequência, só assim, com a população na rua exercendo sua cidadania e defendendo seus direitos se coloca um país nos eixos.

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Que se dane a diplomacia, respeito é bom e eu gosto. Amo esta cidade e está na hora de agir. Hoje eu estarei na Cinelândia fazendo a minha parte, e você?

quinta-feira, 11 de março de 2010

pin-up da semana


Catherine Deneuve.

segunda-feira, 8 de março de 2010

is music non stop


A música pop anda muito chata, talvez seja o olhar da maturidade que torna tudo mais severo ou talvez o formato esteja mesmo se esgotando, entre pretensões e fórmulas batidas.


Quando eu era moleque a estória era outra, havia bandas com as quais valia à pena se identificar e pelas quais suspirar, morrer e lutar. The Cure, Echo & The Bunnymen, The Smiths, Stone Roses, Housemartins, The Fall, New Order, Jesus and Mary Chain, para citar apenas algumas das que salvaram a minha vida e moldaram o meu caráter, era uma época sensacional para crescer.


Recentemente, voltei a tentar me situar e comecei a escutar coisas mais atuais (já não era sem tempo), para que não me acusem de ser um dinossauro saudosista.


Foi com esse espírito que conheci “a nova salvação de Manchester”, The Courteeners.


Os Courteeners giram em torno de sua figura principal, o excelente vocalista Liam Fray, um rapaz de dicção límpida que, por sua arrogância natural e pela falta de papas na língua, na ausência de um outro certo Liam, já virou um dos darlings da imprensa Britânica. Até a figura mais icônica de Manchester, Morrissey, saiu em defesa dos meninos para declarar: “Every song was very strong and full of hooks and full of dynamics … they actually do have very good, strong songs”.


Eu, entretanto, confesso que a audição do primeiro disco, St. Jude, de 2008, não me emocionou. Tudo soava raso e comum e achei que eles haviam batido na trave e ficado na intenção, afinal de contas ser de Manchester não basta, há que se honrar a tradição local.


Com o segundo disco, Falcon, lançado e adquirido recentemente, a coisa é diferente. Desde a poderosa faixa de abertura, apropriadamente entitulada The Opener, se nota que estamos diante de um clássico instantâneo que, sim, é verdade, bebe da fonte Morrisseiana no adorável arfar dos vocais e no tema lírico (uma declaração de amor à Manchester e possivelmente à mulher amada), mas não perde a personalidade.


O disco prossegue com outra música que não nega o débito ao legado dos ídolos locais, Take Over the World, misto de carta de intenções e grito de guerra que dá vontade de chorar de tão bonita, com suas montanhas e loops de reverbe que nos afundam confortavelmente no sofá, simplesmente arrebatadora.


Nem tudo no entanto soa como os ídolos de antanho, You Overdid it Doll é o single dançante e cheio de swingue, com refrão pegadiço: I load it I shoot it like a Tommy gun / You'll carry on until you're dead and will drop / You never know when to stop / For you will carry on until the day you are done, para ninguém botar defeito e se acabar na pista e Cross my heart & hope to fly é climática e pungente ao seu próprio modo.

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No meio da audição ainda tem Sycophant, vigorosa e emocionada, do jeito que eu gosto e com reflexos de Adorable, ou seria Stiff Little Fingers? Ah rapaz, não importa, dispa-se dos preconceitos e ouça com vontade. Para sair assoviando, reenergizado e feliz da vida pela rua.


No geral, Falcon é um disco que, com sua formação básica e mesmo sem lançar luzes sobre novos caminhos, é deliciosamente esplêndido de se escutar e traz aquela sensação de bem estar que mesmo nos momentos menos inspirados persiste e contagia.


O falcão alça vôo, leva os Courteeners a um novo patamar e eu me alegro, afinal de contas, enquanto os próximos redentores da música pop não aparecem, mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

 

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