terça-feira, 23 de dezembro de 2008



O homem de azul deseja a todos um feliz Natal!

Pin-up da semana

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Devagar


Tempos atrás escrevi nesse blog, sob o título This is the MODern World, que não estava nem aí para a cantora Roberta Sá. No artiguinho, me lamentava pela não vinda do Paul Weller ao Tim festival e mostrava a minha insatisfação pela vâ tentativa de substitui-lo por outros artistas nacionais, incluidos aí o Camelo e a Roberta.

Tenho que fazer um mea culpa, a verdade é que eu, recém-chegado, ignorava, desconhecia e pré-julgava uma voz que nos últimos dias não sai da minha cabeça e que veio vindo como o próprio título indica e na cadência desse samba tão gostoso, devagarinho.

Um timbre pra lá de bonito, com personalidade; uma voz que me remete a uma Marisa Monte - embora mais grave - mas que, de alguma forma, pelo fato do registro soar mais simples e menos lapidado, me parece mais autêntico, espontâneo e o resultado emociona.

Então tá combinado, em 2009 correrei atrás do prejuízo e tratarei de me atualizar primeiro antes de falar qualquer coisa que passe pela minha cabeça. E também estarei atento ao novo talento dessa cantora até então desconhecida.

Enquanto isso, terminamos o ano no espírito de 'Samba de Um Minuto', devagar e confiante, na expectativa de um ano novo como Deus manda, fresco e solar, imprevisível e generoso, como a própria vida deve ser.

Devagar
Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara.

Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não.

Devagar, devagar com o andor
Teu santo é de barro e a fonte secou
Já não tens tanta verdade pra dizer
Nem tão pouco mais maldade pra fazer.

E se a dor é de saudade
E a saudade é de matar
Em meu peito a novidade
Vai enfim me libertar.

Devagar...

Pin-up da semana


"Personally, I'm willing to close my eyes to Reverend Thornton's methods- after all, the basket fund has already doubled last year's record." (1939) by Campbell.

Charge da Esquire, por E. Simms Campbell

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Ai Jesus, me acenda uma luz! parte II

Deus do céu, como é dura a vida adulta, principalmente quando você parece ser o último da sua espécie.

- Frida, quando você aparecer eu vou te dizer umas verdades, você não está cansada de saber que eu sou pontual e odeio esperar?

Os meninos na porta do banheiro me olhavam com aquele ar de censura moralista típico da juventude, deviam pensar que eu era um pastor, ali disfarçado para captar almas para o reino dos céus (não, eles não conhecem a minha reputação). Entretanto, logo me ignoraram e passaram a sacar suas calculadoras e computar o êxito noturno, se assemelhando mais a operadores do mercado financeiro na incansável busca pela maior margem de lucro possível. Como eu nunca apliquei na bolsa, achei melhor entrar logo no banheiro e desaparecer dali.

Ahhh, nada como aliviar os rins...ou seriam os ouvidos?
1, 2, 3, de volta à pista de dança! Já meio mais para lá do que para cá mais ainda assim em condições de evoluir e mostrar toda a minha habilidade como dançarino. Normalmente as pessoas ao me verem dançando têm a sensação de que estou procurando as minhas lentes de contato no chão, fazer o que, né? Cada um evolui como pode, além do mais eu aprendi a dançar com o Morrissey, o que você poderia esperar?

Quando estava prestes a dar um show, fui salvo por uma silhueta que se descortinava por trás do facho de luz, que, por sinal, vinha direto nos meus olhos. Mas o que é isso, será a branca de neve? Claro que não, é ela, sim, é Frida em um dos seus disfarces, me oferecendo um mar de fantasias e possibilidades (embora nessas circunstâncias isso implique em ser o Dunga, o Zangado ou o Atchim).

Cruzei a pista e me aproximei da beldade, possivelmente a verdadeira e única diva no apocalipse. Cabelos negros curtos, tipo Chanel, pescoço longo (que nuca!), pele branca, tatuagens visíveis mas não identificáveis e sim, tinha mesmo um look a la branca de neve. Muito estilosa.

Nessas horas uma outra frase me vem à cabeça e não é a do título acima; é batida, é manjada, é gringa, mas é sensacional. Se você não me conhece imagine a cena: man in black, copo na mão, estabelecendo contato visual, se aproximando fazendo pose com aquele sorriso maroto, sacudindo a cabeça levemente e dizendo: - How you doin’? (se você me conhece...bem, deixa pra lá).

Exato meus caros, Joey Tribbiani é o modelo a ser seguido nessas horas, ora, claro que ele é o meu herói. Entretanto, quando eu já havia dado o primeiro passo e os músculos faciais já se contraíam para iluminar minha cara com o famoso sorriso “Joey”, vejo a branca de neve alemã, a “wannabe” Frida, olhar para trás e jogar um beijo para o DJ. Raios, com mil demônios! Maldita falta de sorte, meus olhos míopes me traíram! Essa noite está pior que uma ópera de Wagner cantada em espanhol.

Realmente, minutos depois e acabado o set do topetudo DJ, os dois deixaram a pista abraçados como pombinhos e eu fiquei na mão entre adolescentes barulhentos, chatos e mal vestidos, e com o set seguinte sendo exatamente o oposto do primeiro. Marilyn gritava histérico – the beautiful people, the beautiful people! E eu olhava, olhava e não via nada. Só faltou trocar o Gim Tônica por uma Sukita para o quadro ficar completo.

Aproveitei que estava tudo escuro e saí pela direita, ou isso tentei fazer, enquanto cambaleava e xingava todos os contos infantis que envolvam anões e topetes com o meu vasto repertório de injúrias Germânicas.

Chegar em casa nunca foi tão bom. Agora, duro mesmo foi encontrar a porcaria do interruptor para chegar até o quarto sem ir dando topadas pelo meio do caminho. Apelei, insisti, mas Jesus não estava ali para dar uma forçinha, e no dia seguinte tive que me virar entre as boas recordações da noite anterior, uma ressaca daquelas e um galo que ainda insiste em se fazer notar na minha cabeça.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Ai Jesus, me acenda uma luz! parte I

Eu sei, eu sei, eu disse que não faria mais certas coisas, é certo, mas ontem estava com vontade de sair, me divertir e dançar um pouco e, folheando o jornal, acreditei que a opção mais digna era ir ao DDK Vintage para uma noite de eletro, outras modernidades que ignoro e o bom e velho rock and roll.
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DDK Vintage, o nome por si só é prometedor - deve ter pensado o meu sub-consciente - na certa, entre ruídos de bate-estaca e outros sons industriais, serei recepcionado por uma Alemã de nome Frida, muito loura, muito lânguida, metida num corpete de couro negro muito apertado, de onde transbordarão seus seios fartos, comprimidos, verdadeira pista de pouso para aviadores intrépidos e que me conduzirá a um mundo de prazeres inimagináveis... ahhamm, perdoem-me caros leitores, rebobinemos por favor, ... o fato é que ontem estava mesmo sem sono e decidido a não me render às agruras da cidade grande, não sem ao menos tentar.
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Cheguei um pouco cedo e como ainda não tinha jantado achei que um açaí com um sanduba viria bem a calhar. A casa de sucos estava a tope, milhões de braços se esprimiam, bradando pedidos em uníssono, insistentes, mal-educados, uns sobre os outros. No olho do furacão, um atendente, possivelmente Nordestino, regia a balbúrdia com magnânima habilidade.
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- Sai um x-bacon de frango! - Dá uma graviola! - O Sr. quer pra agora ou pra viagem? Virando-se para os companheiros: - Por favor, se tiver sobrando algum talher limpo lembrem-se de mim. E para mim: - Só um minutinho que o seu sanduiche já vem, tá? E quando tudo parecia arrebentar, e qualquer ser humano normal no seu lugar proferiria as expressões mais chulas, eis que nosso atendente limita-se a exclamar, com um sorriso na cara: - Ai Jesus, me acenda uma luz!
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Não é sensacional? Nesse momento tive ganas de beijá-lo, saltar o balcão e dizer meia dúzia de disparates para ordenar aquela turba de deselegantes e ajudá-lo, não sem antes dar um esporro nos companheiros que ignoravam os seus apuros. Mas achei melhor não, porra, ninguém iria entender isso, nem ele. Além do mais, perigava o cara achar que eu era uma bichona enrustida carente metida num modelito negro suspeito e justo. Eu sei, preciso parar com esse negócio de usar roupa apertada mas é que recentemente eu voltei a malhar. É amigo, crise da meia idade deve ser fogo!
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Deixem-me explicar, quem já andou pela Europa sabe perfeitamente o quão difícil é encontrar um tratamento humano por parte de um garçom, ou um que seja minimamente atencioso e educado. Especialmente eu que, como sabem, passei os últimos anos na base do -Me cago en la leche, joder! - Que te deen! - Coño, hijo de la gran PI e outros versos tão inspirados, não posso me furtar a apreciação de um momento como esse.
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Temos muitos defeitos, sem dúvidas, mas que ninguém se levante para dizer que os nossos garçons não são um exemplo de dedicação no bem atender dos clientes, nos tratando com mimos, nos paparicando, isso quando não se adiantam ao nosso desejo como num passe de mágica, parecendo até ler o nosso pensamento . Em contrapartida, nós, como todo filho mimado, abusamos desse excesso de zelo e nos tornamos mesmo muito mal-educados.
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Enfim, tomado o açaí e já de pança cheia, retomei o meu curso para encontrar Frida, não sem antes olhá-lo com admiração. É isso aí garoto, resista, e nunca perca esse seu bom-humor. Sorte!
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Ao me aproximar do meu destino começei a escutar um bulício - Ah! São as engrenagens industriais do cenário pós-apocalíptico que rangem para me receber, sorri confiante. - Macacos me mordam, não! É o próprio apocalipse! Tive certeza, ao chegar mais perto e me deparar com uma fila de adolescentes ruidosos na porta da boate.
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Como já havia combatido a minha inércia e chegado até ali, respirei fundo e entrei, não sei porque, por uma outra porta e sem entrar na fila (Frida devia estar me observando do segundo andar, era o princípio do tratamento vip). A pista 1 estava abarrotada de adolescentes, dançando em transe ao som do eletro e eu aguentei exatos 10 minutos ali, que foi o tempo que demorei para conseguir chegar até o balcão e pedir o meu primeiro Gim Tônica.
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Subi até a pista 2, a boa, a do rock, e dei de cara com Theddy discotecando um set clássico e a pista vazia. Theddy eu conheço de vista faz tempo, não vou dizer quanto tempo porque isso é assunto meu, mas aquela estampa rockabilly e eu já dividimos espaço em mais de um espaço alternativo da noite do Rio. Aliás, nunca entendi porque Theddy e não Teddy, de Teddy Boy, Brasileiro, não satisfeito em achar um nome artístico que já tenha um Y e duas consoantes, idênticas e na sequência, resolve colocar um H. Talvez eu devesse procurar um numerólogo e atualizar o meu sobrenome, primeiro para ficar em sintonia com os meus pares Brasileiros e, segundo, para que o novo nome me renove a energia e abra os meus caminhos para alcançar a felicidade. Pronto, está decidido, de agora em diante serei...Cahyubby.
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O set estava muito bom mesmo, Cure, Peter Murphy, Siouxsie, putz, como dançei ao som de 'some girls are bigger than others' e de olhos fechados ao som do Depeche cantando I´m sorry, but I'm just thinking of the right words to say (I promise you), I know they don't sound the way I planned them to be (I promise you) but if you wait around the world, I'll make you fall for me (I promise you) I promise you, I promise you I will.
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Mas o ápice mesmo foi 'bring on the dancing horses', fiquei ali de olhos fechado e achei mesmo que o mundo poderia acabar naquele minuto...bring on the new messiah...faria todo o sentido. O que não faz sentido é o fato de que os cavalos na minha viagem entravam na pista de dança e eram cor-de-rosa com penachos na cabeça, vá entender...
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Onde está Frida? Porque se demora? Já tomei 3 Gim Tônicas e ainda não a vi, vou ao banheiro.
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Na porta um grupo de rapazolas (para usar uma expressão condizente com a minha idade cronológica) conversa alegremente quando são interrompidos por um outro que se aproxima, quase me derrubando de passo, e pergunta: - E aí, já pegaram quantas?
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Foi aí que aquela frase saiu sem querer - Ai Jesus, me acenda uma luz!!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A perda de um grande amor


A perda de um grande amor agride como um soco na boca do estômago, como um direto sem luvas na ponta do queixo e nos deixa ali, prostrados no chão, recuperando o fôlego, vendo o mundo a girar.

A perda de um grande amor nos faz lembrar de cada momento, por mais trivial que seja, os mais prosaicos, os mais singelos, estes por serem os mais belos, ainda ali, incrédulos, vendo o mundo a girar.

A perda de um grande amor é um exercício solitário, recobramos a humanidade, recordamos o dito e o não dito, muito dos bons e pouco dos maus momentos, enquanto a fanfarra se afasta, a música termina, vendo o mundo a girar.

A perda de um grande amor tem dois quês de vazio, as horas se espreguiçam, não se apressam, a alma se apequena, a tampa se fecha, a luz não entra, os sentimentos se decompõem, o mundo gira, a vida segue, e não há tempo para mandar flores.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Contos do submundo


Misturando glamour e violência na zona proletária do East End de Londres, os irmãos Kray foram os donos do “underground” Londrino durante boa parte dos anos 50-60.

Reginald "Reggie" Kray (24 de Outubro de 1933 - 1º Outubro de 2000) e Ronald "Ronnie" Kray (24 de Outubro de 1933 -17 de Março de 1995) eram gêmeos, um violento e esquizofrênico paranóico (Ronnie), o outro, mais introspectivo e menos instável e propenso à violência (Reggie). Juntos, foram alçados ao status de celebridades, aparecendo em entrevistas televisivas e sendo fotografados como modelos, ao mesmo tempo em que saqueavam, pilhavam, assaltavam, assassinavam e torturavam.

Ronnie e Reggie nasceram em Londres e durante a infância foram considerados prestativos, não demonstrando indícios de qualquer tendência criminosa.

Por influência do avô os rapazes começaram a se dedicar ao boxe, que, na época, era considerado como sendo um esporte apto para a ascenção da juventude trabalhadora do East End, chegando mesmo a alcançar alguma notoriedade.

Entretanto, a notoriedade dos gêmeos não ficou restrita ao ringue, e no começo da década de 50 os dois já eram conhecidos como gangue local, famosa pela violência empregada e pelo caos gerado.

Com uma precoce lista de crimes nas costas e uma expulsão do serviço militar por desonra terminando com a possibilidade de seguirem carreira no boxe, os gêmeos se voltaram exclusivamente para o crime e se converteram em empresários da noite.

Seu primeiro ato foi comprar um clube de sinuca na zona de Bethnal Green, onde já praticavam extorsão, um lugar com uma péssima reputação que, sob o comando dos Kray, passou a prosperar embora o ambiente continuasse pouco familiar. Ao final dos 50, os Kray já estavam envolvidos em roubo à mão armada, seqüestro e em incêndios de imóveis com fins fraudulentos, atividades que permitiram aos dois aumentar seu império de clubes e outras propriedades consideravelmente.

A partir dos 60, com a aquisição de um clube na zona de Knightsbridge, sua influência no West End Londrino aumentou e ambos começam passaram a conviver com políticos e artistas de renome, Judy Garland e Frank “mobster” Sinatra incluídos.

Durante a ‘swinging” London, ambos eram considerados charmosos e prósperos empresários donos de boates, sendo figuras proeminentes da cena Londrina.

Nas palavras de Ronnie Kray: "Foram os melhores anos das nossas vidas. Eles o chamavam ‘the swinging sixties’. Os Beatles e os Rolling Stones
governavam a música pop, Carnaby Street governava o mundo da moda...e eu e meu irmão governávamos Londres. “We were fucking untouchable".

A atividade dos gêmeos chamou a atenção da polícia muitas vezes, mas a reputação violenta dos dois era tanta que eventuais testemunhas não ousavam cooperar. E ainda havia um problema político, devido a acusações sobre um suposto relacionamento amoroso de Ronnie, que era bissexual, com Lord Boothby, político do partido conservador inglês. Por sua vez, um político do partido dos trabalhadores também havia sido acusado de ter um relacionamento com Ron. Com um tema tão delicado nas mãos, a polícia simplesmente não era pressionada para tomar qualquer atitude contra os Kray, sob pena de o escândalo vir à tona. Enquanto isso, ao que parece, os gêmeos transitavam com desenvoltura entre tories e labours.

Os dois foram finalmente presos em Maio de 1968 e condenados em 69 a prisão perpétua.

Ronnie foi declarado louco e viveu o resto da vida no Hospital Broadmoor em Crownthorne, morrendo de ataque cardíaco, com a idade de 61 anos. Seu enterro em 1995 foi um acontecimento mediático, com grande comparecimento de simpatizantes.

Reggie Kray foi um prisoneiro exemplar, sendo solto em Agosto de 2000 por compaixão, devido ao avançado estado do seu câncer terminal, semanas antes de morrer.

O charme operário inglês e o imaginário popular ao longo dos anos levou à glamourização dos irmãos Kray, transformando-os em verdadeiros ícones da cultura pop e celebrando-os como adoráveis e elegantes fora-da-lei.

Entre os artistas que já prestaram o seu tributo estão The Libertines (Up the Bracket), Morrissey (The Last of the Famous International Playboys), Blur (Charmless Man) e Ray Davies (London Town).

A mística não dá sinais de ter acabado, objetos de livros, filmes e até um site "oficial”, sua memória ao que parece está mais viva do que nunca, senão o que é que eu estaria fazendo aqui.

Para saber mais www.thekrays.co.uk











terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pagos de Moncayo 2006



Mais um vinho destes que "me pegaram” durante a minha temporada em Barcelona e que divido com a minha imensa audiência. Primeiro, para dele não me esquecer e, segundo, para relembrar tantos bons momentos passados na companhia do seu bouquet: Pagos de Moncayo 2006.

Um vinho comprado inteiramente ao acaso, já na fase onde me arriscava a comprar vinhos menos chulés, e que causou a melhor das impressões de saída. Recordo que eu e Miguel ficamos impressionados com a sua explosão de sabores logo no primeiro gole e que, daí para diante, tudo era pretexto para termos ocasião de voltar a comprá-lo.

Trata-se de um vinho monovarietal elaborado a partir da variedade autóctona Campo de Borja por excelência, a Garnacha. Sendo essa, a denominação de origem (Campo de Borja) que melhor a trabalha.

Adega: Bodegas Pagos de Moncayo
País: Espanha

Região: Aragón (D.O. Campo de Borja)
Ano: 2006
Tipo: Tinto
Castas: 85% Garnacha; 5% Syrah (Garnacha Varietal)
Crianza (período de tempo): 10 meses em barricas novas de carvalho Americano.

Álcool: 14.50º
Preço: Aproximadamente 14€
Nota de Cata: Cor vermelho picota de capa alta, brilhante e limpo, de lágrima abundante. No nariz destacam-se os tons de fruta vermelha, alcaçuz e frutas confitadas característicos da variedade sobre um fundo de baunilha e café aportados pela sua crianza em barrica. Na boca se mostra denso, equilibrado, com bom volume e taninos.
Acompanha: Um “jamonzito’ de Teruel.
É meus amigos...não custa nada sonhar, Deus sabe o que eu não daria por uma dessas agora, ou duas, ou três...

Pin-up da semana


Donald Rust (1932), influenciado por Norman Rockwell, Elvgreen e Bob Toombs é um talentoso pintor que retrata, além de pin-ups, a vida selvagem e imagens fantásticas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A New Start

I have wiped the slate clean,
No more reminders from the past.
Memories of what I have been,
Have vanished at long last.
I look forward to my future new,
Where all is territory strange.
Soon I will be among the few,
That plans their life at long range.
I see my life laid out at my feet,
New friends shall rally at my call.
They will be the first I will greet,
At this my welcoming ball.
Soon all memories will depart,
Of a past left well behind.
I will get off to a new start,
With the best of mankind.
- Bernard Shaw -

Retrato do artista quando azul

Man in blue III - Francis Bacon (1954)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Oh John, you'll never be a man



- There is a certain 'je ne sais quoi' about a firm, young carrot... I think the carrot infinitely more fascinating than the geranium.

- Flowers are simply tarts; prostitutes for the bees.

Uncle Monty quotes - Withnail and I (1987)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Fóton


Então o sol me cegou,
Senti o suór acumular-se nas sobrancelhas.
Atrás da janela o mar.
Saltei, como quem fura uma onda.
Brisa fresca a refrescar-me a cara
E o infinito por descobrir.

Pin-up da semana


Esta semana voltamos ao clássico com Gil Elvgreen (1914-1980), um dos mais importantes e destacados “pin-up artists” Americanos de todos os tempos. As pin-ups de Elvgreen são jovens e divertidas, normalmente apresentadas em situações engraçadas, porém quase sempre desconcertantes. Elvgreen apostava por retratar adolescentes com corpo de mulher pegas desprevenidas em sua intimidade, num momento de descuido.

Suas imagens estão entre as mais belas do gênero e tem um fulgor todo próprio, o que lhes confere esse brilho nostálgico tão característico.

Entre seus trabalhos mais importantes estão os feitos para Coca-cola e Brown & Bigelow. Voyeurismo com bom gosto para ninguém botar defeito.

 

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